Rolê em Pernambués

Sobre o autor

Pedro Henrique Mota ou PH MOTA, é nascido, criado e próspera no bairro mais negro de Salvador, Pernambués. Torce pro Bahia e é ligado na vida que acontece ao seu redor, especificamente no bairro em que mora. A viagem pelo mundo da fotografia começou em 2018, com o celular mesmo. 

Aos poucos foi aperfeiçoando e tendo reconhecimento, após elogios e convites, participou da cobertura de um evento promovido pelo Coletivo Pernambués. Começar seu caminho como fotógrafo profissional em sua quebrada foi para ele, de forma bem resumida, uma honra. “É um bairro que tem esse lance do quilombo, as pessoas ainda se abraçam e se ajudam”, explica o fotógrafo.

PH com ajuda da fotografia, busca trazer um novo olhar sobre a periferia. Por meio  de suas fotografias ele potencializa as vantagens do mundo que vive, principalmente  as vivências de pessoas pretas. Para ele, as fotos têm o poder de oferecer outras possibilidades de existência e de aproximar as pessoas da arte e hoje sua vida está inteiramente ligada à arte de fotografar. “A fotografia é a minha vida, é a forma como eu vejo o mundo”, destaca.

Nomes como o da escritora Conceição Evaristo e do cineasta Zózimo Bulbul e Lázaro Roberto, foram importantes para compor a significação da arte de PH. O conceito de ‘escrevivência’ da Conceição o guiou para entender o seu lugar na fotografia, que é documentar e celebrar a vida das pessoas. Ao fim, ele une e adapta esses  conceitos a sua maneira e sai em busca de pesquisar o seu próprio contexto e a pluralidade de seu mundo.

O conselho deixado por PH, que começou a fotografar com seu antigo celular e sem muitas pretensões, é de que apenas FAÇA. Você que pensa em começar a fotografar precisa apenas começar. Não importa a sua ferramenta, comece a fazer, e no percurso busque estudar, pesquisar para aperfeiçoar suas técnicas.

Texto: Rossella Cecília

Supervisão: Viviane Silva

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